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provedoria bravaA Provedora-Adjunta de Justiça, Vera Querido e o presidente da Câmara Municipal da Brava apelaram aos cidadãos da Brava que comuniquem sempre quando se sentem que estão sendo prejudicados ou tendo os direitos violados.
Este apelo foi lançado no final de uma acção de sensibilização levada a cabo pela Provedoria de Justiça nesta terça-feira, 26 de novembro, na ilha Brava, onde a Provedora Adjunta falou sobre o órgão aos alunos da Escola Secundária Eugénio Tavares, entidades e população em geral, na câmara municipal e na localidade de Furna.
Durante os cinco anos e dez meses de mandato, a Provedoria de Justiça  recebeu somente três queixas de cidadãos bravenses, por isso a Provedora adjunta salientou que esta deslocação à ilha mais do que cumprir o plano de actividades, é um continuar das acções de sensibilização, pois "são insuficientes quando promovidas apenas  uma única vez".
Ao comentar os dados apresentados em relação à Brava, recordou que, conforme tinha sido dito pela plateia, “isto faz parte da idiossincrasia” do povo bravense. Mas, mesmo assim, explicou que se encontrava na ilha para explicar 
“o que é o órgão, o que pode fazer, como dirigir ao Provedor de Justiça”, e pedir uma maior participação e envolvimento da população, porque “acredita que há sempre alguma coisa que não está 100 por cento bem”.
A responsável acrescentou, ainda, que se cada um contribuir um pouco para a ilha, ou para o país, com certeza que haverá melhorias e a administração central e local irá agradecer o contributo que o cidadão pode dar.
 
Já o Presidente da Câmara da Brava, Francisco Tavares, ao fazer uma análise dos dados, salientou que a mesma levou-o a dois tipos de reflexões: “Ou, realmente, as pessoas não estão a acreditar na justiça ou, então, na verdade, não existem casos para as pessoas terem motivos para procurarem os seus direitos e reclamarem juntamente da Provedoria de Justiça”, pronunciou o edil.
 
Entretanto, o autarca ressaltou que comunga da ideia de que “o silêncio não quer dizer que tudo esteja bem, considerando ser, por isso, de “extrema importância” a sensibilização e a divulgação do órgão Provedor de Justiça para mais camadas da população. Apelou à população da Brava a participar nestas actividades, uma vez que os bravenses devem estar informados e devem comunicar tudo aquilo que acham que está sendo violado, mormente os seus direitos.
 De acordo com o edil, a Câmara está “totalmente aberta” a receber qualquer queixa dos populares, sempre na óptica de melhorar a prestação de serviço e de dar satisfação. Embora tenha destacado os trabalhos já feitos no liceu, na localidade da Furna e na câmara municipal, Francisco Tavares disse que a divulgação e a sensibilização devem continuar, na certeza de que há casos que precisam ser comunicados para acelerar a resolução dos processos.
Referiu ainda que há casos em que as pessoas recorrem directamente à justiça, através de advogados, acarretando não só os custos pessoais elevados, mas, muitas vezes, enfrentam a morosidade da justiça. Por isso, prosseguiu, se numa primeira abordagem procurarem os serviços de Provedor da Justiça, o problema poder-se-ia ser resolvido a custo zero e num espaço de tempo menor.

DesbravadoresO Provedor de Justiça recebeu hoje, a visita da classe de Pesquisadores dos Desbravadores do Clube Órion (Plateau),da Igreja Adventista. O objetivo da visita foi o de conhecer um órgão público e os serviços que presta à comunidade de modo a cumprir um dos requisitos que esta classe deve completar.
A classe de Pesquisadores que agrupa adolescentes a partir dos 12 anos, estiveram durante 45 minutos reunidos com o Provedor António Espírito Santo Fonseca, que lhes falou das atribuições e funções do Provedor, bem como do processo de tramitação de uma queixa, desde a sua entrada até a decisão final, que poderá ser uma Recomendação ou uma Recomendação Legislativa.
 
De relembrar que o os serviços prestados pelo Provedor de Justiça são gratuitos e informais.
 

Entrada do EP Equipa Provedor 2 siteAcompanhado do pessoal da Provedoria, o Provedor de Justiça e Presidente da Rede de Provedores de Justiça e Instituições de Direitos Humanos da CPLP, fez uma visita à Cadeia Central da Praia que se iniciou sem aviso prévio no dia 25 de Setembro de 2019, Dia Nacional dos Direitos Humanos em Cabo Verde, visita essa que teve continuidade durante o dia seguinte, dia 26.
Mediante aplicação de questionários aos reclusos, às reclusas, aos Agentes Prisionais, Pessoal Administrativo e Direção, bem como a elementos do público visitante, o Provedor de Justiça pretende apreciar as condições de funcionamento e organização daquele Estabelecimento prisional bem como as respetivas condições e condicionantes infraestruturais e humanas que nele garantam a efetividade dos Direitos de todos aqueles cidadãos.

Provedor TarrafalSN 2019O Provedor de Justiça, António do Espírito Santo Fonseca afirmou que a “falta de informação ou baixa conflitualidade na administração pública” podem ser o motivo para o baixo número de queixas em São Nicolau. Essa afirmação foi feita durante a visita de dois dias que efectuou à ilha de São Nicolau para acções de informação e esclarecimento junto da população, em geral, versando o papel da Provedoria de Justiça na defesa e promoção dos direitos e garantias dos cidadãos.

A ilha de São Nicolau, nestes cinco anos e nove meses de mandato da Provedoria da Justiça, remeteu “apenas sete queixas” à cidade da Praia pelo que, com está acção de esclarecimento, António do Espírito Santo Fonseca disse esperar “impulsionar uma maior actividade dos cidadãos”.

Segundo o responsável, não há uma “explicação taxativa” quer para São Nicolau quer para outras ilhas para o baixo número de queixas, no entanto admitiu que “é indiscutível que há muito trabalho por fazer para divulgar e dar a conhecer a Provedoria de Justiça” em prol da sociedade, pelo que “São Nicolau não foge à regra”.

Durante a sua intervenção no centro cultural Paulino Vieira, António do Espírito Santo Fonseca lembrou aos presentes que a queixa do cidadão tem sido “um impulso para fazer recomendações legislativas”.

No entanto, realçou o papel “central” que as câmaras e as assembleias municipais têm para facilitar o acesso dos cidadãos ao provedor.

Recordou que, neste momento, a partir de protocolos assinados entre estas instituições, e a par com os estabelecidos com os Correios de Cabo Verde, qualquer cidadão tem “acesso grátis e rápido” à Provedoria de Justiça, garantiu.

António do Espírito Santo Fonseca esteve na segunda-feira, 07, no município da Ribeira Brava, na biblioteca municipal, numa conversa aberta dirigida a funcionários públicos, dirigentes de ONG e população em geral, mas classificou a adesão das pessoas à sessão esclarecimento de “sofrível”, em comparação a sessão de hoje que manteve com os alunos do secundário, em que “houve relativa participação”.

Na sessão da Ribeira Brava, os alunos questionaram sobre os direitos humanos, principalmente, os dos reclusos.

Inforpress 

Comunidades Africanas1O Provedor de Justiça esteve reunido, ontem, 10 de setembro, com membros das Associações das Comunidades Africanas residentes em Cabo Verde em uma conversa aberta a volta dos problemas que afetam os imigrantes. Considerado pelo Presidente da Plataforma que congrega as diferentes associações, como um parceiro importante na resolução dos constrangimentos por que passam, o Provedor António do Espírito Santo Fonseca reafirmou a sua disponibilidade para, no limite das suas atribuições e poderes, continuar a contribuir para o processo de melhor integração dos imigrantes na sociedade cabo-verdiana.

A morosidade e a burocracia excessiva no processo de obtenção de residência e da sua renovação, dificuldades dos filhos dos imigrantes nascidos em Cabo Verde em obter nacionalidade, situação de descontos feitos para segurança social (INPS), situação de contratos de trabalho sem formalização e dificuldades dos imigrantes residentes fora da ilha de Santiago em fazer o seguimento dos seus processos de legalização, constaram como os principais constrangimentos e dificuldades levantados pelos cerca de 40 imigrantes presentes no encontro.

O Provedor informou aos participantes que já se dirigiu ao Estado com algumas recomendações, uma versando a simplificação dos processos administrativos da DEF e outra sobre os contratos de arrendamento, e que já estão equacionadas medidas e alternativas que podem ser criadas rapidamente para resolver essas questões.

Aproveitou para esclarecer que os imigrantes estão sujeitos às leis cabo-verdianas e que devem respeitar os mesmos, mormente não concordarem com aspetos que possam chocar com a sua cultura de origem. Esse esclarecimento surgiu na sequência de uma questão levantada relativa ao regime matrimonial.

Sobre a lei anunciada pelo Governo, no suporte aos imigrantes que queiram regressar, o provedor atestou aos jornalistas presentes que, esta medida existe em vários cantos no mundo, mas alertou para o possível “uso perverso” dessa possibilidade, não pelo Executivo, mas por alguns imigrantes homens contra mulheres.

“Falaram de pôr no caminho as mulheres em certas circunstâncias, teremos de ter algum cuidado, principalmente na questão dos direitos humanos, mas poderá ser uma medida absolutamente positiva”, ressaltou.

O presidente da Plataforma das Comunidades Africanas Residentes em Cabo Verde, José Ramos Viana, não escondeu a sua satisfação pelo facto do Provedor de Justiça ter relatado encontro havido com Governo, e colocar na mesa os problemas apontados, no sentido de facilitar a vida dos imigrantes, pois isso, vai ajudar no estabelecimento de melhores condições para a regularização da situação legal dos imigrantes, porque permanecer em situação irregular só traz desvantagens aos imigrantes e cria problemas para o próprio Governo de Cabo Verde. Segundo disse, estando numa situação irregular, significa estar também numa situação de fuga ao próprio fisco, por isso, o Governo não pode tributar em relação à presença e ao número de imigrantes que são desconhecidos na sociedade.